domingo, 10 de junho de 2012

Antes, uma força dos amigos

Sou um privilegiado (ou "previlegiado", como diriam os "framenguistas"). Assisti há alguns anos uma daquelas palestras-shows que Ariano Suassuna faz pelo Brasil afora. Ao chamar o genial escritor, o mediador disse algo mais ou menos assim:

"Com vocês, Ariano Suassuna, que dispensa apresentação...".

E o Mestre mandou assim:

"Dispensa apresentação é o cacete! Quero ser apresentado, sim; e elogiado".

Longe de mim - e bota longe nisso! - ser um Suassuna da vida. Mas é bom saber o que as pessoas pensam da gente profissionalmente. Principalmente quando falam bem, claro (rs).

Aos poucos estou pedindo aos amigos que mandem depoimentos sobre o nosso convívio profissional. Sei que pode parecer uma coisa meio esquisita, meio piegas, uma forma de inflar ainda mais o meu ego, mas fazer o quê? Como diria Paulinho da Viola: "Eu sou assim, quem quiser gostar de mim, eu sou assim". Afinal, como muitos sabem (especialmente meus alunos e ex-alunos): sou filho único, pisciano e botafoguense. E uma coisa sempre valorizei na vida: as amizades. Tanto as pessoais quanto as profissionais; que acabam, às vezes, se confundindo em alguns momentos. É só conferir nos exageros que alguns dos meus colegas cometeram nos depoimentos abaixo. Mas que, confesso, me deixaram mais "mascarado" do que jogador de futebol em shopping center da Barra.

Uma coisa em especial me deixa mais vaidoso ainda e especialmente gratificado: todos os depoimentos que estão aqui e que, espero, ainda vão chegar, são de pessoas extremamente competentes. É o maior barato constatar que as pessoas talentosas gostam de mim e do meu trabalho. Com certeza isso vai ajudar a decisão de alguém que me sondar para um frila ou qualquer outro tipo de trabalho. Se não ajudar, já tenho meu epitáfio (alô alô, framenguistas: Epitáfio não foi centroavante do Framengo).


"PC, meu inesquecível Professor da FACHA. Existem professores e professores. E existe o PC Guimarães. Ele não foi melhor nem pior que ninguém. Foi diferente. Ele É diferente. É irreverente, espontâneo, divertido, brincalhão. E foi dessa maneira, com essa figura única, que aprendi e descobri (na faculdade) muitas peculiaridades do jornalismo. A principal delas, a que talvez seja uma das mais importantes que trago até hoje comigo, foi o despertar do olhar sem inocência. Ítem fundamental para ser um jornalista. Com ele, por exemplo, aprendi a "ler" jornais. Ler, interpretar, descobrir o que pode haver por trás de cada linha. Perdi a inocência. E encontrei o mundo. Meu obrigada e meu carinho, sempre." (RENATA BOLDRINI, ex-aluna, jornalista, ex-apresentadora do TeleCine).



* "Nunca trabalhei numa redação com o PC Guimarães. Éramos concorrentes - ele pelo O Globo e eu pelo Jornal do Brasil. Nessa época, O Globo tinha alguns repórteres que viraram meus amigos. Todos tinham alguns traços comuns: eram competentes, inteligentes, bons de caráter, bem humorados, perspicazes, mordazes, sóbrios... Aproximamo-nos por afinidade espiritual. A grande competição não impediu que nos tornássemos amigos. Havia respeito e lealdade. Fiquei mais próximo do PC mais tarde, quando já atuávamos em outra frente - o mercado de assessoria de imprensa, com empresas próprias. O respeito mútuo se manteve, agora até com laços de colaboração, já que penetrávamos um mundo inteiramente novo e precisávamos nos ajudar. A relação ganhou mais musculatura quando PC, então acumulando os papéis de empresário e professor de jornalismo na FACHA, convidou-me para fazer algumas palestras. Ao longo de vários anos atendi os convites com prazer. Nesse relacionamento nunca houve uma rusga, qualquer senão. PC Guimarães manteve sua conduta de perfeito cavalheiro. Ele é uma figura humana especial." 
(LIMA DE AMORIM, ex-repórter do Jornal do Brasil dos bons tempos; hoje sócio-gerente da Século Z Comunicação)


* “Conheci o Paulo Cezar Guimarães em 1984, quando assumi a presidência da Aberje, então Associação Brasileira de Editores de Revistas e Jornais de Empresa. Três anos depois, reeleito para o cargo, eu e minha diretoria propusemos à Assembleia de Associados a mudança da razão social da entidade, que passou a chamar-se Aberje – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial. Porém, foi no ano de 1986 que meu contato com o PC se solidificou. Em conjunto com o grande Paulo Granja, jornalista dos bons, que trabalhava como assessor de imprensa da Abifumo (Associação Brasileira da Indústria do Fumo), criamos a Regional Rio da Aberje, na qual PC sempre foi atuante e contribuiu decisivamente para o crescimento da entidade. Foram alguns anos de convivência estreita, com muito trabalho e muitas realizações. E, além disso, de muita satisfação pessoal! Mesmo depois de deixar a diretoria da Aberje mantive sempre contato com o PC, acompanhando sua trajetória profissional e pessoal. Tenho saudades daquele tempo, meu amigo. De qualquer forma a amizade e o carinho continuam, mesmo com a distância e o pouco contato. Mas vamos em frente. Você com seu Botafogo, eu com o meu Palmeiras. Estudantes permanentes da vida. E que temos transmitido, em sala de aula, para algumas centenas de pessoas, um pouco daquilo que sabemos, mas muito daquilo que somos. Espero encontrá-lo em breve pelas vielas da vida... Um forte e saudoso abraço.”

(AMAURY MARCHESE, jornalista paulista, ex-presidente da Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial).


Depoimento do meu querido amigo, jornalista e humorista MAURÍCIO MENEZES, na contracapa do livro "Edição de Impressos", que, como diria a antiga propaganda: "Foi feito por mim". Para ler é só passar a mãozinha na imagem abaixo.



"Existem dois tipos de profissionais. A maioria pertence ao grupo dos que ligam o piloto automático e por isso quase sempre são medíocres no que fazem. Passam batidos pelo mundo, e não deixam raízes nem seguidores. Felizmente há um pequeno grupo que tempera suas atividades, por mais corriqueiras, com paixão, ética e qualidade. Por isso são admirados e estão em um limbo acima do bem ou do mal. PC Guimarães é um exemplo. Difícil separar sua vida profissional do universo pessoal. O PC professor, colega, jornalista e blogueiro se fundiram com o PC ser humano de tal forma até se tornar um bloco único e indivisível. Dele, irradia gentileza, respeito e modelo por todos os lados. Tente lembrar algum comportamento inadmissível, ato vergonhoso, ou palavra cruel do PC e você vai perder tempo, pois simplesmente não há. Se virar um PC na vida é quase sinônimo de grife exclusiva, ser seu amigo é um luxo para poucos, e motivo de muito orgulho para mim".
(FÁBIO STEINBERG, ex-aluno, ex-gerente de Comunicação da IBM e muito mais; escritor, hoje consultor em São Paulo. Um dos profissionais mais competentes que conheci na Comunicação Empresarial)


* "PC é AMIGO de infância. AMIGO assim mesmo, com todas as letras maiúsculas. Companheiro de peladas no Grajaú, onde era um jogador medíocre - eu era sofrível -, ambos nos divertíamos muito com todo o pessoal dos sábados de manhã na quadra do GTC. Cantor nas horas vagas, ouvinte sempre, PC foi definido por um amigo comum que recentemente nos deixou como "mais puro que whisky escocês". Era a gravação de uma mensagem de Natal num ano de nossa juventude que já não sei há quantas vão. Elton Roberto de Carvalho, o nosso Beto Rei, fez questão de homenagear um por um dos que estariam na festa, na residência dos Vasconcellos. Por essas questões que a vida impõe e não se explica, ambos fomos pro jornalismo, mas em faculdades diferentes, depois ambos nos tornamos profissionais, mas em meios diferentes (ele jornal, eu rádio).  Há pouco, ele professor, eu radialista, tive a oportunidade, o prazer e a honra de tê-lo no Atualidades, programa de debates que apresentava na Rádio MEC. Foi um luxo. Assertivo, posições sempre firmes e categóricas, com certeza um dos pontos altos que já tivemos no espaço. Antes que um radialista, que se caracteriza por textos curtos e diretos, se empolgue e se perca em divagações supérfluas, prefiro chamar o sufixo, não sem antes agradecer ao PC a oportunidade do espaço para expressar toda admiração pelo profissional e pelo ser humano Paulo Cesar Guimarães Barbosa."
(AMAURY SANTOS, amigo de fé, irmão, camarada e jornalista e radialista do balacobaco).



* "Desde 1974, ano em que conheci o grande PC, aprendi que seu nome tem três significados que, cá entre nós, já deveriam ter virado verbetes de dicionários: sujeito íntegro, leitor compulsivo e jornalista talentoso.  Sua paixão pelo jornalismo não ficou na experiência vivida nas redações. Trouxe a sina para salas de aula onde, com raro talento, contagia os alunos com seu didatismo e empolgação. É naquele exíguo espaço que, contrariando as leis da física, uma redação imaginária aparece como um campo dos sonhos. Por lá passeiam mestres do calibre de um Robert Fisk, Alberto Dines, Ricardo Kotscho e tantos outros que, com empenho, desassombro e competência, aprofundaram a questão ética no jornalismo. PC, como todo apaixonado, é um obsessivo.  Tive oportunidade de vê-lo editar um jornal-laboratório com  o entusiasmo de um jovem iniciante. Para ele, aquilo era tão ou mais importante do que um jornal da grande imprensa. Seu empenho e perfeccionismo davam o tom de cada edição. O prazer com que lambia o produto final, assim que saía da gráfica, se assemelhava ao encantamento de um jovem repórter quando vê sua primeira matéria assinada. PC precisa de livros sobre jornalismo como qualquer animal precisa de água. Mas a maneira como ele os bebe( seus livros-líquidos), deixa claro que sabe filtrar o conhecimento em vida. Não é por acaso que vira referência para seus alunos e colegas. Nesses 40 anos -registre-se que eu era criança quando o conheci já adulto - nunca o vi desqualificar quem quer que fosse para afirmar sua excelência.  Tem luz própria, não usa ninguém como holofote de suas inúmeras qualidades. Sim, é botafoguense. Mas nem isso o diminui. PC transcende seus próprios equívocos. Gente da melhor qualidade."
(GILSON CARONI FILHO, sociólogo, professor da Facha, e meu colega de turma na Faculdade)



"PC Guimarães nem parece jornalista, pois é simpático. Perde toda a leveza quando tenta sustentar o botafogo. Lamentável. PC foi uma boa referência que tive na faculdade. Não por citar a página A, B ou C do livro X, Y ou Z. Sem desvalorizar a teoria, PC nos enriquecia com histórias práticas. E nos incentivava a algo mais que os livros, como cinema, tv, jornais, cotidiano. Uma frase sua me orientou quando, por conta de um trabalho que repercutiu em todos os veículos do país todo, vivi dias de "celebridade instantânea": "Não somos do meio. Estamos no meio". Não fosse isso, o deslumbramento seria fatal. PC me ensinou, ainda, a ter mais cuidado com os textos. Cuidados aparentemente simples, como o dia que ele corrigiu o "Folha de São Paulo", que escrevi. É Folha de S. Paulo... Em sala, que não viu em PC o tesão pelo jornalismo, lamento. Quem viu e não bebeu dessa cachaça, uma pena..."
(GUSTAVO NAGIB, ex-aluno, jornalista, escritor e, ninguém é perfeito, tricolor).



* "A faculdade de jornalismo, de forma geral, nos afasta muito do que é realmente o mercado de trabalho. Poucos alunos sabem de fato o que vão encontrar aqui fora. Eu tive a felicidade de ingressar na FACHA sendo já um profissioal de rádio e posso atestar que as aulas do PC são um retrato fiel do que é o Jornalismo na prática. Além disso, a forma pragmática e objetiva de sua metodologia de ensino, sem rodeios, deixou muito claro para mim quais objetivos eu deveria traçar no dia-a-dia da redação. A experiência do PC e suas maravilhosas histórias valem muito mais do que se pode imaginar. Valeu PC!!!".
(FÁBIO MORAIS, ex-aluno, hoje locutor e repórter esportivo da Super Rádio Brasil 940 AM).


* “O Paulo Cezar Guimarães (assim com Z, não é?) continua sendo pra mim o Paulinho que conheci no Segundo Caderno do Globo. Grande sujeito, bom coração e, claro, um repórter disposto e afiado nas questões de comportamento. Ponho o bom coração na frente aqui nesse depoimento porque acho que, especialmente no caso dele, os bons olhos quando vê a vida (menos os rubronegros!) fazem toda a diferença na largueza do resultado da reportagem. O melhor de tudo é que ele continua ligado em passar a experiência e talento, através desse trabalho virtual inclusive, para as gerações mais novas. Bom saber que a nossa profissão conta com pessoas dessa qualidade”.
(SONIA BIONDO, jornalista e escritora, criadora do programa "Superbonita", do canal GNT/Globosat. Trabalhamos juntos no Segundo Caderno de O GLOBO).



* "O Professor PC, é um daqueles  caras diferenciados, suas aulas são sempre pra cima e contextualizadas. E, certamente pude aprender muito sobre o mercado com ele. Fui seu aluno na FACHA em 2009 na disciplina de Secretária Gráfica e Programação Visual, foi uma experiência super produtiva. Neste ano ele propôs  aos alunos a montagem de grupos afim de mandar ver na prática o trabalho jornalistico, através do desenvolvimento de Blogs. O tema escolhido por meu grupo para o trabalho foi a Revista do Rádio, eu e a Jannaina Costa abraçamos o tema e pesquisamos muito sobre ele, conseguindo, com o apoio do PC, um resultado bem legal, O Blog Da Revista do Rádio. Em suas aulas o PC traz toda sua experiencia de mercado, procurando preparar os alunos para a realidade daquilo que eles irão encontrar, e com seu jeito extrovertido e brincalhão ele está sempre aberto para tirar duvidas e trabalhar em conjunto, como amigo mesmo, com aqueles que querem aquele algo mais que um professor como ele pode oferecer. Ele é daqueles caras que fala com orgulho e paixão de sua história e desta forma contagia os alunos".
(MAURO BARROS, ex-aluno. Framenguista também, mas gente boa).



* "Conheci PC ainda como aluno da Facha na década de 1980. Ele foi meu professor (e que professor!) de "Redação em jornal". Depois tive o prazer de, como repórter das rádios Tupi e Globo, encontrá-lo em algumas matérias na rua. É isso mesmo!!! Eu, muito mais jovem que o PC, ainda fui seu contemporâneo no jornalismo e me orgulho de dizer que já "corri" com ele. Falar do PC, essa figura ímpar, modesta e irreverente é muito fácil. O que dá para destacar é que sempre que o encontrei na rua, em alguma matéria, ouvi dele conselhos de como proceder naquele assunto. Qual o melhor enfoque, a abordagem, o que explorar do entrevistado etc. Isso talvez seja um reflexo forte de seu instinto professoral. Afinal, o dom de ensinar está em poucos e PC, certamente, o tem. Sempre um bom papo, apesar de insistir em falar do Botafogo e agredir o meu Flamengo ou os "framenguistas" como ele, preconceituosamente, insiste em chamar. Meu ex-professor e, hoje, colega de profissão, continua sendo um amigo especial e referência no jornalismo, com um dos mais criativos textos que já li."
(LUCIANO GARRIDO, ex-aluno, hoje colega na FACHA, chefe de reportagem do jornal EXTRA).

ps do pc: desculpem poluir o blog com essa camisa aí de cima, mas tenho amigos em todas as camadas sociais e culturais.

* "Conheço, sou amigo e fã incondicional do Professor PC, desde os tempos de infância, no Grajaú, bairro seminobre da Zona Norte do Rio. Gente muito boa, de bom coração e, incondicionalmente, leal, não tenho qualquer dúvida, ao afirmar que, dentre tantos outros atributos positivos, o principal é o seu caráter. Lembro de vibrar e rir e me emocionar, de verdade, ao ler suas matérias criativas e absolutamente geniais, nos tempos em que era repórter do Segundo Caderno, do jornal O Globo. O PC sempre foi um jornalista diferente e diferenciado, tanto pelas ideias, sempre pouco óbvias, quanto pela simplicidade com que as desenvolvia. Quem não conhece ou não leu a matéria de página que publicou sobre os antigos “penetras”, a galera que - mesmo sem grana, sem convite e sem conhecimento algum -, entrava, pela porta da frente e participava como se convidada fosse, de banquetes, altas recepções, shows, bailes, festas de 15 anos e até de velórios em casas de família. E eu termino dizendo que, na minha opinião, para ser professor basta ter sido e continuar sendo bom aluno, ter um certo carisma, uma boa didática, pautar-se pela ética, pela moral e pelo conhecimento específico, na cadeira, e geral, em prol da cultura. No entanto, para ensinar e conseguir que os alunos jamais esqueçam o que aprenderam na sala de aula é preciso algo mais. É preciso sensibilidade, tato, faro e intuição. E é exatamente por aí, que o Professor PC se torna ídolo de todos nós".
(SERGIO VASCONCELLOS, publicitário, radialista, criador. Ajudou a criar o Rock in Rio, a Rádio Fluminense Maldita, o Ovo Neles e muito mais. E bota muito mais nisso. Sou fã número 1 dele; e não abro mão disso. Somos amigos de infância (sem aspas) e elogio dele não deveria nem entrar aqui no Blog).


DENISE XAVIER (à direita, ao lado dos colegas
do grupo e do jornalista e humorista Maurício
Menezes, que fez o show no TCC DO JB)
* "Tive o prazer de conhecer o PC na época do meu TCC na Facha Méier. Eu e meu grupo já  tínhamos elaborado um tema para o nosso trabalho e ele veio com outro tema, que era o Jornal do Brasil. De início, o grupo não comprou a ideia, porém depois todo mundo se apaixonou pelo tema. O tempo de duração do TCC foi uma grande experiência de vida, pois aprendi muito com o PC durante aqueles meses. Ele nos mostrou como é fazer jornalismo real e de fato. Agradeço muito mesmo pela oportunidade de tê-lo como meu professor.
(DENISE XAVIER, ex-aluna Facha Meier TCC JB no primeiro semestre de 2005).


* "Conheci o PC há 20 anos, quando comecei a dar aulas na Facha. Mesmo eu não estando mais lá, mantive contato com ele, na maioria das vezes sacaneando-o, mesmo quando (coisa rara) o Botafogo vencia o Flamengo. Sim, o PC é tão bom de sacanear que conseguia ficar na berlinda na sala dos professores da Facha, até nas semanas que seu time não amarelava. Aliás, logo à primeira vista me chamou a atenção um fato hoje notório: se os botafoguenses são ótimos pra serem sacaneados, PC é melhor ainda. É medalha de ouro nesse quesito. Qualquer comentário supostamente inocente faz o homem pegar no arranque. Bastava eu dizer pro Gilson Caroni, como quem não quer nada, coisa como “é interessante como há times que amarelam em partidas decisivas” pro PC subir nas tamancas. Assim é ele. Diante de uma provocação ao Botafogo, muda de calçada só pra pisar numa casca de banana. Mas logo vi que, por trás (ôpa) daquele cara cuja maior frustração é ver a filha ser flamenguista roxa, morava um grande sujeito: amigo, leal, honesto, competente e excelente profissional.  O PC é daqueles caras que eu contrataria de olhos fechados se fosse diretor de jornal ou de faculdade. Ele é jornalista com maiúscula. E ensina jornalismo com letra maiúscula também. Nada ver com alguns mauricinhos, cheios de canudos debaixo do braço, que na infância soltavam pipa no ventilador, cuidados pela avó, e que uma vez adultos nada sabem da vida. Quando o Botafogo está em pauta o PC parece otário. Mas só nesses casos.  Se o assunto muda, vê-se que o cara é fera".
(CID BENJAMIN, jornalista e Mestre com M caixa alta).
# Não sei se o Cid me elogiou ou se me ofendeu. Sobreviveu aos milicos da Ditadura, mas não sobreviverá se alguém aqui me avisar que ele me desqualificou mesmo. Amanhecerá numa esquina de Botafogo com a boca cheia de formiga).


* "Quando fui aluno dele, pouco nos falávamos. Também, pudera. Eu era meio nerd, daqueles alunos que em sala ficam obcecados por apreender mais e mais informações. Saí da faculdade, lancei meus primeiros livros e tive o prazer de conhecê-lo mais a fundo – com o perdão das fortes palavras! – numa livraria do Leblon. Era lançamento de algum livro de algum conhecido nosso. Me reapresentei; claro que ele não me reconheceu. Mas, com seu notável bom humor, até parecia que sim. Então disse a ele que tinha lançado um livro sobre um ex-jogador do Botafogo, clube que eu sabia ser o dele. Ele disse que leria. E, para minha surpresa, leu mesmo. A partir de então, estreitamos laços e hoje somos bons amigos. Para minha sorte. PC Guimarães é pessoa das mais especiais, gente fina, parceiro mesmo. Sei que posso contar com ele e ele, comigo. É uma honra estar bem na fita com alguém assim."
(MARCOS EDUARDO NEVES, ex-aluno. Hoje é escritor famoso. Autor, entre outras obras, de "Nunca houve um homem como Heleno", que virou filme).



* "Como definir um repórter? Na minha opinião repórter é o profissional que alia conhecimento da língua pátria, sensibilidade, faro para a notícia, coragem e muita disposição para trabalhar. Foram essas as qualidades que observei em Paulo Cezar Guimarães, ainda jovem, quase um menino, que chegava à redação do Globo cheio de sonhos e com uma vontade enorme de tornar-se um grande jornalista. E ele conseguiu, com certeza, tanto que hoje é um mestre, transfere para a garotada os conhecimentos que adquiriu durante décadas nas redações.. Mas PC não é só isso. É também um amigo do peito, grande caráter, com um gosto refinado (ele também adorava Elis Regina) e ainda por cima botafoguense".
(LUIZ EDUARDO REZENDE, jornalista. Aprendi muito vendo o Luiz apurando e escrevendo; e sendo chefiado por ele no Globo).


* "Sempre ri sozinho ao lembrar o P.C. imitando um delegado de polícia para um exercício de entrevista coletiva, na Facha, em Botafogo, perto de 1993. Já havia passado por outras duas universidades antes de decidir ser jornalista. Tinha alma de repórter, mas ainda não sabia. Nas aulas do P.C. eliminei as dúvidas e fui em frente. Acredito em gente assim: inquieta, polêmica, apaixonada e idealista. Que inspira e sabe o que é notícia, cumprindo a missão fundamental de transmitir sua experiência às novas gerações de forma sincera e convincente. Anos mais tarde, já envolvido com a docência, tive o orgulho de reencontrá-lo na Ceso, em Teresópolis. Sempre um papo mais alegre do que uma pré-temporada do Botafogo na Granja Comary. E até hoje, nas aulas de jornalismo da Estácio de Sá, reproduzo algumas histórias. Seus blogs - cujos atalhos residem na minha barra de favoritos -contribuem para encurtar a distância ampliada pelo tempo e provam de forma definitiva que o P.C. ainda tem muito a contribuir para melhorar a qualidade da nossa profissão. Um professor de referência e um grande amigo.
(ADRIANO CHAGAS, ex-aluno, é chefe de reportagem na TV Brasil e professor na Universidade Estácio de Sá).



* "PC foi meu professor de Técnicas de Redação na FACHA, em 1993. Estava no terceiro ano da faculdade e pela primeira vez fui capaz de elaborar um house organ. Fizemos um "jornalzinho" bem diagramado e simpático; foi um aprendizado super importante pro meu trabalho mais tarde na assessoria de Comunicação da PM. Já em 2005, como professor da FACHA, reencontrei meu ex-mestre e fizemos uma parceria que certamente marcou a FACHA/Méier com momentos inesquecíveis. Eu era professor da disciplina Organização de Evento Promocionais, do 6º período de Publicidade, e o PC substitui a tradicional monografia do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) por eventos com temas relevantes, como o Jornal do Brasil (história, curiosidades, crise, etc), os "50 anos do Prêmio Esso" e os 70 anos da Rádio Nacional. Meus alunos organizaram os eventos juntamente com os alunos do PC. Vou dizer: foi um sucesso! PC é uma figura especial; intenso, apaixonado, irreverente, polêmico. Um profissional devotado a tudo que faz; um torcedor fanático do Botafogo, enfim, um ser humano raro. Meu melhor papo na sala dos professores."
(FREDERICO CALDAS, 47 anos, Coronel da PM, jornalista, coordenador de Comunicação Social da Corporação).



* “Já foi dito que o segredo da vida profissional é realizar as tarefas do dia a dia com dedicação e entusiasmo. Porque quem gosta do que faz não se escraviza. Ao longo de minha carreira como jornalista e consultor na área de comunicação, raras vezes vi alguém trabalhar com tanta paixão como o PC Guimarães. Não estou falando de vocação – o que, aliás, ele tem de sobra -, mas de compromisso com a qualidade e com os resultados. Todo trabalho que realizamos, em qualquer área de atuação, tem um fim. Pois bem, PC consegue perseguir o fim de forma incessante, em respeito ao compromisso assumido com aqueles que trabalham com ele, ao mesmo tempo em que transforma o “meio” num objetivo autônomo de igual valor. O resultado são textos saborosos e por isso mesmo de extrema contundência. Assim, a explicação para que este pisciano e botafoguense, filho único nascido no tradicional bairro carioca do Grajaú, continue jovial nas ideias e na forma como encara a vida (apesar da barba e do cabelo prateados), está no amor pelo que faz. Quem sai ganhando somos nós todos, leitores de seu texto, colegas de labuta, privilegiados destinatários de sua generosidade, coleguismo e profissionalismo”.
(NILSON MELLO, jornalista, consultor de empresas e botafoguense).



* “Compartilho as manhãs com o PC Guimarães. Temos dividido alguns minutos para falar sobre aquilo que mais gostamos. E por vezes odiamos: Botafogo e futebol. É claro que muitos dos nossos ouvintes e internautas vão se surpreender ao descobrir que eu e PC dividimos também a paixão pelo alvinegro. Até porque dividir amor é coisa que só fazemos entre amigos. PC Guimarães é com certeza uma das figuras mais corretas que conheci na imprensa, embora só estejamos nos conhecendo mesmo nas ondas de Conexão Jornalismo. Sua dedicação a cada dia, esteja ou não esteja no Rio, é digna de um profissional que há muito tenho tentado recrutar por aí com maior dificuldade. É um conhecedor do futebol que, quem ouve, pensa até que ele já praticou em algum momento da vida o esporte bretão. Mas PC é dado a outras paixões também. Escrever, fazer blogs, sites, ensinar alunos e preservar amigos. E é um homem rico, embora não deixe transparecer. Ou não são ricos os homens que constroem família, vivem ao lado da mulher que ama e o respeita, viaja para a Serra para alimentar o amor, sempre com seus livros, sorrisos e amigos no coração? Obrigado por dividir seus dez minutos comigo, PC!”.
(FÁBIO LAU, jornalista. Trabalhou na Última Hora, O Dia, O Globo, JB, TV Globo. Participo diariamente do programa “Conexão”, apresentado e editado por ele no site conexaojornalismo.com.br/)


* "Há oito anos tenho o prazer de dividir a sala dos professores da FACHA com o PC Guimarães. Nos tornamos amigos e fomos descobrindo as coincidências – moramos no mesmo bairro, nascemos no mesmo dia e somos devotos da cultura do livro. Coisa mais comum é encontrar o PC com um livro debaixo do braço. Debaixo do outro braço, ele carrega a internet inteira. Sujeito inquieto, escreve blogs, alimenta perfis em redes sociais e se mantém conectado, interessado em tudo, como todo jornalista deveria ser. Essa inquietação já o levou diversas vezes a conduzir projetos audaciosos com os estudantes, organizando eventos, produzindo impressos e novos blogs. O cara não pára! E é por isso (também por ouvir depoimentos dos alunos que temos em comum) que sei do imenso talento professoral do PC. Tem um perfil melhor de professor do que o do leitor voraz, com larga experiência de mercado e querido pelos estudantes. Num mundo que valoriza tanto os certificados (PC tem um monte), a maior virtude do meu amigo é fazer com que  seus títulos se traduzam em experiências boas para os alunos. Tomara que eu possa trabalhar com esse cara por muitos anos ainda. Aprendo muito com ele".
(RICARDO BENEVIDES, Professor Adjunto da Faculdade de Comunicação Social da Uerj e Professor do Curso de Relações Públicas da FACHA).


* "O PC não sabe. Mas por causa dele e de uma professora chamada Ana Gaio quase que minha vida muda de rumo. Entrei na FACHA em 1992 mas trabalho com vendas desde que me entendo por gente. Fui levando o curso de Comunicação até que em 95 comecei a trabalhar na Indústria Farmacêutica, aos 22 anos. Por conta do início do trabalho na Indústria e um setor que me fazia perder uma semana de aulas por mês, acumulei faltas e textos para serem entregues. A Ana me fez escrever 4 textos em 2 horas... A Ana entrevistou o FHC, trabalha na Manchete... impossível agradá-la!

O PC mandou "OK. Não te reprovo se você escrever um texto que eu goste muito, mas goste muito. Daqueles que eu gargalhe em casa quando estiver no chuveiro." E agora, como agradar a um jornalista como PC Guimarães? O cara trabalhou no O Globo durante anos. Foi responsável pela primeira página no caso Riocentro... Meu Deus, estou reprovado...

Pois ao sentar na máquina de escrever, ele ficou do meu lado e disse "Garoto, eu tenho certeza que você consegue. Só depende de você agora..."
Pois consegui. Ele me deu um 10 pelo texto "O mala do propagandista" e me disse "Afinal, você vai continuar no laboratório ou quer ser jornalista? No laboratório eu não sei, mas escrevendo, dá..."

No dia seguinte, a Ana Gaio  abriu um imenso sorriso ao ler cada um dos textos e me ofereceu um estágio na revista Manchete.

E agora? Meu chefe na Indústria dizia que eu tinha talento e que poderia fazer uma bela carreira. O PC dizia que eu poderia ser um bom jornalista. A Ana Gaio me ofereceu um estágio. Mas o que eu gosto realmente de fazer? Gosto de vender, escrever, cinema, futebol e mulher!

Pois a vida seguiu seu rumo. Fiz carreira na Indústria Farmacêutica, onde trabalho desde 1995 e sou muito feliz com meu trabalho. Escrevo nas horas vagas, mas não termino meus textos, histórias e peças, pois reuniões chatas duram, em média, 2 a 3 horas, não dá tempo para completá-los. Continuo a amar futebol e cinema. Casei e fiz uma família linda.

Nunca mais tive contato com a Ana Gaio. Mas tenho a felicidade de manter contato com o PC em seus blogs e espero sua visita aqui em São Paulo, onde moro desde 2008.

Não sei o que teria acontecido com minha vida se tivesse dito ao PC que queria ser jornalista, nunca saberei. Mas não importa muito. Sei que gosto demais do meu trabalho e da carreira que escolhi e sei que um dia ainda terminarei uma história... Por ora, sigo rindo sozinho ao conferir os posts e comentários do blog.

Muitas vezes, minha equipe e até mesmo minha esposa dispara "Você não cansa de ficar olhando esse blackberry? Você não para...". Mal sabem eles que eu estou no blog rindo dos comentários do Xexa, do Eduardo, Mario, Frederico, Cacau, Allan, Pablo, Leo... Só uma pergunta ainda fica martelando meu pequeno cérebro: Onde foram parar as gravatas do MIckey, do Taz e do Pluto que ele usava?"
(FÁBIO MÉDICI - nada a ver com aquele, ex-aluno)



* "Foi muito engraçado como nos conhecemos. Eu entrei na Facha – Faculdade de Comunicação Helio Alonso em 1974, no turno da tarde. Como a faculdade estava começando era ainda muito pequena; éramos a segunda turma. Só tinha uma acima de nós. A ficha de chamada (antigamente era assim) era uma só, juntando os dois turnos – da tarde e da noite. Um dia fui olhar a ficha de chamada e me deparei com o nome Paulo Cezar Guimarães Barbosa. Ué, como pode? Meu irmão? E eu não conheço? Meu pai nunca me falou nada? Não acredito... meu pai não faria isso. Uma família extra? Ou pelo menos um filho a mais? Fui conferir, conhecer esse “irmão”. Falei com ele. Ele do Grajaú, eu de Colégio (subúrbio). Nada a ver, só coincidência de sobrenomes. Logo depois comecei a trabalhar e passei a estudar à noite. Pois bem, lá estava “meu irmão” comigo todo dia. E não é que deu certo? Ganhei mesmo um irmão? Logo ficamos muito amigos. Trabalhos de grupo, chope, futebol. Formamos um time de futebol de salão da faculdade (antes do nome mudar para futsal) para disputar os torneios universitários. Meu irmão era esquentado. Jogava bem, mas queria briga com todo mundo. Invariavelmente era expulso e o time, desfalcado, perdia. Mas fomos irmãos e ainda somos. A nos separar apenas as paixões clubísticas. Ele pelo Botafogo, eu pelo Mengão. A vida também nos separou - cada um em trabalhos diferentes -, mas nunca nos perdemos de vista. Eu fui pra área musical (empresário artístico e produtor musical) depois de trabalhar em diversas assessorias de imprensa e redações,  e ele continua na área. Acompanho sua trajetória profissional como jornalista - redator, assessor de imprensa, professor e blogueiro. Sempre com muito sucesso e muito querido por todos. Seus amigos são muitos, inimigos, não conheço (só os juízes que apitavam contra o nosso time da faculdade).  Alegre, bem-humorado, rápido de raciocínio, de tiradas engraçadas  e... botafoguense, mas tinha que ter um defeito, né ?".
(NEI BARBOSA, ex-colega de turma na FACHA. Jornalista, produtor musical e muito mais). 



* "Antes de mais nada reconheço que sou leigo na matéria. Minha experiência com o jornalismo limita-se ao outro lado do balcão, o lado dos fornecedores de notícias. É desse ponto de vista, daquele que lê ou vê  declarações textuais ou verbais  transformadas em notícia no dia seguinte, que posso fazer um juízo profissional sobre o meu  amigo P.C. Guimarães. Quis o destino que eu tivesse a oportunidade de ver em ação grandes jornalistas, não só da minha área de atuação - a cultura - , como da política, por força da minha filiação. Nesses personagens, de temperamentos e estilos muito diversos, vi sempre duas características: uma curiosidade insaciável e uma  excepcional capacidade de empatia humana. Reconheço no PC esses mesmos traços. Na sua capacidade de perguntar até onde não deveria haver nenhuma dúvida e a de se fazer amigo de infância de alguém que acabou de conhecer, ele revela a personalidade do grande repórter. Isso, claro, se o assunto não for futebol".
(BENI BORJA, produtor musical, músico, filho de ex-ministro e acostumado a lidar com Jornalistas. E também é meu amigo de "infância", claro. E é a cara do Wagner Tiso).



* "Amigos botafoguenses de redação, passei a ter contato mais próximo com o PC quando, a convite do Evandro Carlos de Andrade, voltei a trabalhar no Globo, após alguns meses na assessoria de comunicação de Furnas Centrais Elétricas. E, no regresso, como subeditor da Editoria Rio – o Pinheiro Jr. era o editor –, percebi um traço da personalidade do PC que ele mantém vivo até hoje: a inquietude. Isso mesmo: ele era um repórter inquieto, daqueles que buscavam sempre o algo mais nas apurações, participativo, enriquecendo as discussões sobre pautas. Uma das minhas primeiras atribuições foi comandar a equipe na cobertura das eleições para a prefeitura do Rio, em 1985 – Saturnino Braga foi eleito –, e o PC era quem, invariavelmente, produzia as matérias mais instigantes, sempre com um novo ângulo, um tratamento diferenciado. Sem contar as qualidades profissionais, há que se exaltar o caráter do PC, pessoa de fácil trato, bem-humorado, amigo, solidário. Fora da redação também mostrou competência na produção de informativos, como o da Esso, da Schindler; na equipe que organizava o Prêmio Esso de Reportagem; na atividade de professor e, nos últimos tempos, de blogueiro. Na relação com o PC só tive uma frustração: convidei-o para jantar na minha casa, e no momento em que a comida foi para a mesa, fiquei sabendo que ele só comia filé com fritas. Naquela noite não tinha filé com fritas".
(LUIS CARLOS MELLO, jornalista e meu ex-colega e editor no Globo)



* "No fim, tudo acaba bem; e se ainda não está bem é porque ainda não chegou ao fim."  Faz 36 anos que digo ao PC essa frase do Fernando Sabino, desde que o conheci, no antigo Segundo Caderno do Globo.  Ele se queixava de não estar sendo aproveitado na cobertura política do jornal...embora apenas recém-contratado, ou pouco mais!  Reclamão, insistente, exigente consigo mesmo e crítico implacável com os outros - sempre, porém, de maneira bem-humorada e elegante, não fora ele nascido e criado no Grajaú de outrora. Fez belíssima carreira de repórter (inclusive de política) até ser cooptado para a Souza Cruz.  Mea culpa, mea massima culpa, mas acontece que havia por lá diversas publicações internas e externas e me encarregaram de achar um chefe de reportagem.  Era o meu único e natural candidato.   Reclamou bastante, mas finalmente veio integrar a Comunicação Social da empresa, revigorando a equipe, os jornais e, verdade seja dita, a atmosfera algo conservadora da multinacional britânica e centenária.  Isso foi lá pelos anos 1980, se bem recordo, e continuamos colegas e amigos até hoje, ainda que em diferentes redações, assessorias ou faculdades. Ligou-me ontem mesmo, reclamando da  demora em mandar algumas linhas para este seu novo blog. Aí estão,  PC, "no fim tudo acaba bem...".
(VITOR SZNEJDER, meu ex-companheiro em O Globo, meu ex-chefe na Souza Cruz)



* "Diego Maradona quase morreu em 2004. O que o PC tem a ver com isso? Vou chegar lá... Estagiário do Lance!, eu era o responsável por ligar diariamente para Buenos Aires atrás de notícias do Pibe. Acabava faltando muitas aulas por causa do horário puxado na redação. Até que um dia rolou um desafio na sala de aula: quem fizesse uma boa matéria sobre o jornal argentino "Pagina 12", tiraria 10 na prova. Topei na hora, era a chance de garantir a aprovação. Em vez de ligar para o "Olé" ou "Clarin", passei a telefonar para o "Pagina 12". Falava de Maradona e fazia amizades. Em poucos dias, já tinha todas as capas históricas na mão, histórias curiosas, contatos. Na aula seguinte, o professor perguntou se alguém tinha encarado o desafio. O "Pagina 12" era o xodó dele, por causa da ironia com os políticos, das belas sacadas de manchetes e trocadilhos com o logo. Mostrei a apuração. O Mestre parecia uma criança com o brinquedo novo nas mãos. Pauta aprovada, passou a me ajudar em todos os passos, empolgado com a diagramação, texto, fotos, títulos, cores. Me deu o 10 prometido na prova. Me deu a capa do "Jornal Laboratório". Me deu uma verdadeira aula de edição. E me deu um exemplo que guardo até hoje e tento passar para os estagiários que agora eu oriento: o brilho nos olhos nunca pode faltar para o jornalista. Esse professor era o PC.
(THIAGO DIAS, ex-aluno, hoje editor de Copa do Mundo do GLOBOESPORTE.COM)



* "Foi pelo professor PC que soube o que era uma redação de jornal antes mesmo de entrar numa delas. O seu entusiasmo de professor, o jeito extrovertido e otimista de ministrar as aulas sempre foram uma maneira de mostrar os prós e contras de uma profissão deliciosa. Nunca nos enganou. Indicava as armadilhas no caminho - de uma apuração ou de um assunto - provocava nossos institutos de repórter, nunca nos deixava desistir. Fazia da sala uma redação virtual. Via nele o editor-chefe, olhava para os lados e a cada rosto de colega um personagem : o repórter especial, a estagiária gostosa.., o diagramador, o chato, o fotógrafo, o cara do café. E dali para a experiência empírica foi como mudar de sala, ou de aula. Na redação do JB em 2000, ainda naquele predão feio mas romântico da Av. Brasil 500, eu reconheci todos os personagens. E procurava o PC em algum deles, não o achava. PC é incomparável.  Parabéns, amigo, por nos mostrar o satisfatório caminho sem volta do jornalismo. 
(LEANDRO MAZZINIRepórter fachista desde 2000. Passou por JB, Correio do Brasil, Agência Rio, Setorial News (Gás e Petróleo), Gazeta Mercantil e Coluna Cláudio Humberto. Atualmente em Brasília, é editor da Coluna Esplanada, reproduzida em 19 veículos de 16 capitais. E apresenta na REDEVIDA, em rede, os programas de debates Tribuna Independente (terças, 22h15), e Frente a Frente (seg/qua/sextas, 22h15).



* "A paixão por Futebol e Jornalismo (assim mesmo, revisor, com caixa Alta) é o que faz do PC um Jornalista (atenção de novo, com caixa Alta também). E Jornalista daqueles que merecem a maiúscula na sua descrição como torcedor do melhor time do mundo, o Botafogo, é claro, o repórter, professor, colunista de página dupla do Correio do Brasil durante o tempo que ele quis e quiser colaborar com o engrandecimento do Alvinegro. Sim, porque o PC edita a coluna mais imparcial da crônica desportiva carioca, agora no velho e bom Jornal do Brasil. Com o detalhe: a imparcialidade termina exatamente quando escreve sobre o Glorioso e o resto, compreendendo-se o resto como o tricoleiro das Laranjeiras, o bascalhau e aquele outro ajuntamento de arranca-tocos, conhecido pelas cores preferidas por mulambos e panos de chão. Do PC, que conheço de longuíssima data, mais do que a amizade e a consideração, fica registrado aqui o meu respeito pela carreira nobre e sempre correta que o fez colecionar, ao longo de décadas, os amigos que aqui reúne, de todas as torcidas".
(GILBERTO DE SOUZA, jornalista, diretor do Correio do Brasil)



* "PC Guimarães é o culpado. Foi ele quem me colocou nessa vida. Graças ao PC, hoje eu faço plantão a cada dois fins de semana, nunca tenho hora pra voltar pra casa e ganho menos do que mereço. Mas, fazer o quê? Adoro essa vida. Obrigado mestre!!! Vou sempre me lembrar de você e de sua insistência em tentar fazer, de seus alunos, profissionais tão apaixonados pelo jornalismo quanto você é. No meu caso, você conseguiu".
(PAULO MÁRCIO VAZ, ex-aluno, ex-editor do JB, hoje colunista no jornal O Fluminense).





* “A princípio e em princípio, PC Guimarães viveu sua vida jornalística como repórter. Em minha opinião, a função mais importante do jornalismo! Repórter latu sensu! E senso crítico, qualidade cada vez mais rara, quase extinta! Sua perpetuação do" papagaio de pirata" é antológica, digna do melhor sentido da observação jornalística”.
(GUSTAVO KAYE, um dos meus últimos chefes de Reportagem no Globo).



* "Como definir o PC Guimarães? Mestre, amigo, colega, parceiro? Acho que é tudo isso ao mesmo tempo. Meu professor na Facha, ele é dono de um olho clínico capaz de enxergar em um humilde caixa de banco um talentoso jornalista. Eu sei que é feio o auto-elogio, mas não posso deixar de reconhecer que foi ele o primeiro profissional a me dizer que eu sabia escrever e devia arriscar e buscar uma chance no mercado. Graças a ele, o Banco Francês e Brasileiro perdeu um bom caixa e um futuro gerente e o jornalismo ganhou um operário das letras. Foi com seu incentivo nas salas de aula que me aprimorei meu texto e larguei o banco para conseguir o primeiro estágio, em rádio. Depois, trabalhamos juntos na agência que ele tinha, no Edifício Marquês do Herval. E foi ali que recebi outras lições valiosas, que aprimoraram ainda mais meu texto. Claro que nossa ligação não podia parar aí. PC foi meu padrinho de casamento, viu minha filha mais velha crescer no útero sagrado da minha esposa e até hoje é meu amigo. Um amigo, aliás, para sempre.
(JORGE EDUARDO ANTUNES, ex-aluno, ex-diretor de redação do Jornal de Brasília, ex-editor executivo do jornal Hoje em Dia, ex-secretário de redação do Jornal do Commercio (RJ) e hoje diretor de comunicação das Organizações Paulo Octavio).  



* "PC foi meu primeiro editor, no jornal da faculdade. Eu era seu "enviado especial via e-mail", brincava ele, com a mesma ironia que usa  hoje, como poucos, em seus blogs. Foram dele muitas das minhas melhores aulas — e também alguns dos mais valiosos conselhos que recebi. Aos novos, digo que o ouçam, o leiam: o PC tem o tino de repórter que todo jornalista deveria ter; é o botafoguense que todo mundo deveria ser".
(RAFAEL ROLDÃO, ex-aluno, hoje repórter da editoria Internacional de O Globo).




* “PC e eu trabalhamos juntos na Comunicação da Souza Cruz no final da década de 1980 e mantivemos a amizade desde então, embora nos últimos oito anos separados por 400 km. Do ponto de vista profissional, o que guardo dele é principalmente a imensa criatividade nas pautas e edição e a enorme garra para correr atrás das notícias. Não fossem uma certa ansiedade e a mania de querer enfiar o Botafogo em tudo, seria perfeito. Agora, ao observá-lo de longe, me parece que ele quer entrar pro Guiness como o jornalista-blogueiro mais prolífico: todo dia inventa um. Auguri!”.
(WILSON BARONCELLI, editor-executivo do Jornalistas&Cia e do Portal dos Jornalistas, meu ex-subchefe na Souza Cruz).


* "Quando eu desembarquei em O Globo, egresso da Rio Gráfica (Editora Globo), o meu xará Paulo Cezar Guimarães era um dos destaques de uma formidável equipe de repórteres da Geral. O cara realmente tinha que ser - e o PC era e é - uma fera numa equipe formada, entre outros, por Luis Erlanger, Telmo Wambier, Luiz Ernesto Magalhães, Paulo Markun, Ernesto Rodrigues, Paulo César da Baixada .... Se um desses fosse cobrir uma missa de domingo, e o padre faltasse, rezaria a missa. Em latim! Os caras eram tão bons que foi com eles que José Roberto Marinho, o Zezinho, fez "estágio". Simples assim: o dono do jornal mandou o filho conviver com essa turma. O PC, além de craque nas "pretinhas" (parece mentira, mas já existiu máquina de escrever), sempre foi simpático e generoso. E acredito que foi essa generosidade que o fez trocar as redações pelas faculdades. Foi repartir sua experiência. Só mesmo os grandes fazem isso. Passados muitos anos, um dia, sem mais nem mesmo, ele aparece do nada ao meu lado na redação e dispara: "Tá precisando de um bom repórter?". Se for você, entra na minha vaga de editor, respondo. Era mesmo para repórter. Eu estava precisando e contratei. Era um repórter pronto, talhado pelo PC. Seu nome: Jason Vogel, hoje editor do Carro&etc. Assim, o meu xará continua brilhando e formando uma nova geração de bons jornalistas. Merecia uma estátua, com a camisa do Botafogo e com o bilau de fora ao lado do Manequinho".

(PAULO CÉSAR MARTINS, jornalista)


* "Numa noite de 1992, o siderado mestre PC Guimarães deu aos alunos a dica de um estágio no jornalzinho interno da Mesbla. Consegui a vaga. Meu expediente, em teoria, seria na sede da empresa, na Rua do Passeio - ambiente onde não havia sequer um jornalista. Sorte que a diagramação e a edição final do jornalzinho União Mesbla eram feitas na Portafólio, agência de comunicação empresarial da qual PC era sócio. E era neste ambiente criativo no Edifício Marquês de Herval que eu me sentia à vontade - sempre que possível, fugia da Rua do Passeio para encontrar minha turma na Avenida Rio Branco... Aprendi um bocado na pequena e descontraída redação da Portafólio. Após dois anos, PC soube de uma vaga no caderno de automóveis do Globo e me aconselhou a procurar outro PC (Martins) na redação do jornal. Devo aos dois, o começo da minha vida profissional.".
(JASON VOGEL, ex-aluno, editor dos cadernos de automóveis dos jornais O Globo, Extra e Expresso).



* "Não me lembro direito como fui parar na Portafolio Comunicação em 1991, mas lembro que achei uma figura aquele cara com gravatas e ideias diferentes, com um italiano designer de sócio e com uma sede em um dos prédios mais famosos e tradicionais do centro do Rio, o Marquês de Herval, sede do sebo Berinjela etc... e com uma rampa em espiral para ter acesso aos elevadores... foi lá que comecei a praticar de novo um estilo de trabalho que havia aprendido antes com um outro Jornalista amigo – Chico Alencar, de Foz do Iguaçu – algo que tenho como lema hoje onde quer que trabalhe, liberdade com responsabilidade... A Portafolio era o ambiente ideal para praticar a liberdade de exercitar a criatividade ao lado de PC Guimarães, de quem acabei virando sócio... Trabalhamos muito... quantas vezes virando a madrugada... quantas reuniões de pauta ao lado do grande Guilherme “Bill” Duncan, no La Mole, ou no Villarino, molhando as palavras e transformando publicações empresariais em leitura agradável e inteligente com visual criativo e dinâmico, sempre como o cliente queria... Inesquecíveis Revista da Schindler, Equipe Esso e tantos trabalhos incríveis para a Mesbla, IBM, Souza Cruz ou para o Prêmio ESSO de Jornalismo... que delírio, fantástico e ao mesmo tempo preciso, colocar um mímico e um gago para apresentarem a festa do Prêmio de Comunicação Empresarial... quantas aulas do Professor PC... quantas inspirações para levar como aprendizado... é assim que lembro dos quatro anos em que trabalhei ao lado de PC e Alberto Bisoni e em parceria como profissionais como Paulo Rodrigues, Erno Schneider, Alberto Jacob, Wilson Baroncelli, Ruy Portilho e muitos outros que devem me perdoar por não lembrar dos nomes... foi muito bom trabalhar com você PC! Amplexos!
(JOÃO THEODORO DE CASTRO GALHARDO é Jornalista e trabalhou na Portafolio Comunicação de 1990 a 1994, foi para o Sportv/TV Globo em 1994 e ficou até 2007 como Editor Sênior, onde fez Coordenação e Produção de Eventos ao vivo de Olimpíadas em 1996, 2000 (in loco) e 2004, Copa do Mundo de 1998, 2002 (in loco) e 2006 e ainda todos os Campeonatos Brasileiros de Futebol, Vôlei, Basquete e Futsal e Mundiais de Vôo Livre, Skate e Surf (inéditos na TV); Coordenador de Imprensa do Pan Americano do Rio em 2007 e Coordenador de Produção do Canal Premiere FC/Combate/Globosat HD de 2010 até hoje...).


* "...No meio do semestre vc descobre que vai ter que faltar 2 semanas de aulas, e, tensa, vai contar ao professor, que, curioso e instigado como ele só, logo manda a pergunta: “vai pra onde?” ...com medo de parecer superficial, mas obrigada a ser honesta, responde: “Ah, prof, vou viajar...”. E, ao invés da reprovação pela indevida e inconveniente ausência, recebe um sorrisão e um animado: ”Perfeito!..De lá que você vai fazer uma reportagem especial para o Jornal Laboratório da famosa livraria Shakespeare and Company na Rue Bûcherie..”. E assim, desafio aceito, muito além de queijos e vinhos, pelas ruas de Paris vivi uma experiência sublime, que rendeu uma matéria (minha primeira) linda... Esse é nosso amado PC Guimarães...Único, atento,  excêntrico, solícito, extravagante, zeloso, exclusivo, e TODO NOSSO: dos alunos que ele tanto inspira! Lembro-me da paixão com que ele falava do jornalismo, nunca escondendo as agruras infindáveis da profissão, mas sempre ressaltando seu brilho, poder, encanto...o prazer absoluto que é. E que uma vez estabelecido que certos valores não são negociáveis, o caminho a ser trilhado será o mais bonito possível...um sinônimo para o nosso botafoguense querido? Alma..."
(LUCIANA GUIMARÃES COSTA, ex-aluna).


* "PC é uma grande figura do bem. Nos conhecemos na Facha, onde lecionei no curso de publicidade por mais de 25 anos. Durante essa longa convivência sempre vi nesse cara todas as qualidades que caracterizam um grande repórter e um grande caráter: inteligência, curiosidade, criatividade e, especialmente, um respeito à ética profissional e pessoal. Seu único defeito é a paixão esquizofrênica pelo clube da estrela solitária. Mas até nisso ele se reinventou fazendo da tragédia de ser botafoguense uma autêntica comédia de costumes. Esse é o PC. Um bom sujeito com todas as letras e em preto e branco.".
(SEBASTIÃO MARTINS, publicitário e professor. Ex-colega na FACHA).



* "Falar do meu mestre é sempre difícil, pois corro o risco de ser piegas. Foi dele que herdei, durante as aulas de Técnica de Reportagem, o amor pelo Jornalismo, especialmente pela comunicação impressa. Foi dele a primeira oportunidade de estágio na carreira, após anos secretariando uma multinacional. No início, era só crítica: “seu texto é certinho, sem erros de português, mas é muito burocrático, sem charme”. Eu achava que era frescura, mania de colocar defeito no trabalho dos alunos, e ficava até meio emburrada, porque ele nunca me dava a nota máxima. Até que, trabalhando ao seu lado por quatro anos, e tendo minhas matérias por ele editadas, acabei me rendendo. Hoje, quando leio os meus textos de 16 anos atrás, assumidamente burocráticos, agradeço às chatas cobranças desse pisciano, filho único, carente, como ele mesmo se autodefinia. Ler suas crônicas ou mesmo as divertidas postagens nos seus mais de 500 blogs, tão imparciais quanto o fanatismo pelo Botafogo, é sempre uma deliciosa tarefa. Valeu, PC!".
(CLÁUDIA MANHÃES, ex-aluna, hoje editora de jornais empresariais. Na foto com o maridão Tadeu, botafoguense dos bons)


* "Quem conhece o PC sabe o sacana que é. Que cara agradável e inteligente! Ele me pediu para falar dele e do Flamengo. Não tenho o porquê agradar, exagerar ou inventar algo sobre os dois. Fiz faculdade de 97 a 2003 e nunca me dei muito bem com ela, apesar da Facha ser excelente. Provavelmente por ter começado a trabalhar em 94 e minha prioridade, depois do 2º grau, tenha virado focar na carreira e ganhar dinheiro para farras. Com 17 anos você não pensa muito em comprar casa e formar família. Seu ideal é virar um profissional de sucesso para comprar carros melhores, conhecer mais gente para beber socialmente e sair com o maior número de mulheres. Mas fiz a tal da faculdade. A partir de 2005 comecei a dar aulas profissionalizantes para produção em Rádio e TV e de locução avançada, focada na publicidade. Vieram palestras e tudo mais. Sempre procurei ser um professor sincero com quem eu tinha a passar minhas experiências. Porque o que tirava meu estimulo na faculdade, eram os mestres. Muitos ex-profissionais do mercado que descontavam suas angústias em nós, inexperientes. Sem vivência. Muitos senhores do ensino que nos tratavam como estudantes primários. Eu sabia, como muitos, que a vida lá fora corria de outra forma. O que me dava tesão (sem duplo sentido, por favor) era encontrar nas classes profissionais que dividissem suas experiências e nos dessem os caminhos das pedras. Não por saber mais que a gente, o que já estava subentendido. Mas por terem passado por aquelas coisas. E isso é verdadeiro. Isso me convencia. Isso me seduzia. Ainda seduz. Então quando virei professor, passei a agir exatamente assim. E deu certo. Vem dando... e muito! Na minha história de estudante de faculdade, sempre me identifiquei com o PC Guimarães. Um professor, sincero, bem-humorado, inteligente, convincente e tolerante. Um profissional apaixonado. E assim como eu, não vive sem o Flamengo!".
(BRUNO MENEZES, ex-aluno e filho do Maurício Menezes, um de meus melhores amigos. Com esse currículo é claro que também ia mentir sobre mim. Desconsiderem, por favor).


* "Ah, falar do professor PC... Esta grande figura, que desde o primeiro dia em sala de aula, logo percebi o seu modo sacana de levar a vida. Outros aspectos que tivemos em comum foram a paixão pela natureza, e pelos livros. Assim, fez com que o respeitasse ainda mais. No meu dia a dia, sempre gostei de lidar com pessoas com esta combinação: autênticas e extrovertidas. A criação que mandava fazer de blogs era bastante contestada em aula, mas admito que hoje, vejo os blogs como excelentes – e econômicas – ferramentas de trabalho. Acho seu modo de comunicar através dos diversos blogs uma iniciativa muito legal, mesmo sendo um botafoguense roxo, que há muito não tem motivos pra comemorar. Foi ele também que na véspera de rodar o Jornal da Facha do semestre, conheceu algumas das minhas fotos, e publicou diversas delas. Para a minha surpresa, uma de capa, e com todo o meu perfil. Valeu PC, por esta curta e boa passagem, entre um professor sacana e um aluno aprendiz (gostaria de lecionar um dia também, e assim será meu espírito de professor!).
(BRUNO CARELLI, ex-aluno, fotógrafo e escritor)



* "Assistir a uma aula do PC era muito fácil. A coisa fluía naturalmente. Quando nos dávamos conta, em meio aos diversos "causos" jornalísticos que rolavam, aprendíamos como criar um texto para jornal, qual entretítulo era mais adequado, como titularmos respeitando o limite de toques etc. Embora hoje não exerça o ofício de jornalista, levei comigo todas as práticas de boa escrita que lá aprendi. Além de um excelente professor, o cara é um blogueiro de primeira. Seus blogs são de leitura obrigatória minha, sempre que possível. A lamentar, somente o fato de seu blog de crônicas não ser atualizado com tanta frequência. Ah, claro, e ele ser botafoguense".
(FELIPE MAYNARD, ex-aluno).